Com a segunda onda de coronavírus que atinge Manaus, hospitais privados voltaram a cobrar preços altíssimos para manterem internados pacientes em estado crítico com Covid-19. Entre eles, está a Samel, que, segundos relatos de pacientes, precisou improvisar salas de almoxarifado para atender as demandas.

Os valores variam de R$ 50 mil a R$ 100 mil e são cobrados pelas redes hospitalares para atender pacientes particulares, que não contam com planos de saúde. Além desse valor, quantias adicionais são cobradas diariamente, de aproximadamente R$5 mil.

A rede Samel pertence à família do ex-deputado federal Luiz Fernando Nicolau, do PSD, que incentivou o uso das cápsulas Vanessa, ainda no início da pandemia.

Pacientes que precisam de atendimento urgente só serão internados após confirmação do depósito. Muitos familiares não conseguiram internar parentes infectados por não terem o valor exigido.

Segundo a assessoria da própria unidade, o valor é de R$50 mil. Ainda assim, um preço absurdo e ilegal quando a situação é de urgência. Não há ninguém da população pobre que chegue a ter sequer condições de sonhar em pagar tais valores. Mesmo pagando valores altos, pacientes têm sido colocados em salas improvisadas e sem equipamento adequado para os primeiros atendimentos.

Esperar a morte parece ser a solução até mesmo para quem tem condições de pagar por um atendimento melhor.

Artigo anteriorHapvida abre cerca de 500 vagas temporárias de emprego em Manaus
Próximo artigoMPF pede à Justiça adiamento da aplicação das provas do Enem no Amazonas