
Se for reeleito em 2026, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá indicar até seis ministros ao Supremo Tribunal Federal (STF) ao longo de dois mandatos. Com a aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso, anunciada nesta quinta-feira (9), Lula fará sua terceira indicação à Corte em menos de dois anos de governo.
Nos próximos cinco anos, o presidente ainda poderá escolher mais três nomes, já que Luiz Fux deve se aposentar em 2028, Cármen Lúcia em 2029 e Gilmar Mendes em 2030, o que dará ao governo forte influência sobre a composição do tribunal.
Desde o início do mandato, Lula já indicou Cristiano Zanin (2023) para a vaga de Ricardo Lewandowski e Flávio Dino (2024) para substituir Rosa Weber. Agora, o presidente precisará definir o sucessor de Barroso. Entre os cotados estão o advogado-geral da União, Jorge Messias, o ministro do TCU, Bruno Dantas, o ministro da CGU, Vinícius Carvalho, e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Há ainda pressão por uma indicação feminina, com o nome da deputada Gleisi Hoffmann (PR) sendo lembrado por aliados.
Barroso, que poderia permanecer no STF até 2033, afirmou que deixa o tribunal após mais de 12 anos de atuação:
“Por 12 anos ocupei o cargo de ministro do STF, sendo presidente nos últimos dois anos. Foram tempos de imensa dedicação à causa da justiça e da democracia. A vida me proporcionou a bênção de servir ao país”, declarou.