Amanda, uma profissional do sexo de 35 anos, que terá o verdadeiro nome preservado a pedido dela, ficou dois meses em isolamento social. Foi a primeira vez, em 15 anos de profissão, que ela ficou tanto tempo parada. Mas ela não teve escolha. Afinal, mora com dois filhos, um de 10 e outro de 2 anos, sendo que o caçula tem bronquite, e nas palavras dela “não pode pegar essa doença de jeito nenhum”, se referindo à Covid-19. Porém, a necessidade de colocar comida no prato dos mesmos filhos que tenta proteger e pagar o aluguel para ter onde abrigá-los fez com que ela voltasse para as ruas de Belo Horizonte.

A profissional não está sozinha. Ela está ao lado de pelo menos outras 300 mulheres que voltaram a trabalhar na Guaicurus, a principal zona boêmia de Belo Horizonte, segundo estimativas da Associação de Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig). (…)

“A situação está trágica. Não conseguimos manter todas as trabalhadoras em casa porque muitas começaram a passar fome, têm filhos para criar, e aluguel para pagar. E para piorar ainda sofrem com preconceito e o estigma de serem profissionais do sexo”, afirma a presidente da Aprosmig Cida Vieira. A associação tem 3.500 profissionais cadastradas em Belo Horizonte e 80 mil em todo Estado.

Fonte: O Tempo

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