Amazonas – As formas mais leves da automutilação, conhecida pela palavra inglesa “cutting”, podem envolver machucados como arranhões e pequenos cortes, podendo chegar a mutilações severas. Mais comum em crianças e adolescentes, especialistas da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) alertam pais e responsáveis sobre as causas e fatores de risco, neste Setembro Amarelo de Campanha de Valorização à Vida.

Mesmo não sendo encarada como um transtorno psíquico, o sintoma pode estar associado a várias condições da saúde mental. Na avaliação da neuropsicóloga da SES-AM, mestre em Teoria e Pesquisa do Comportamento, Lilian Donato, os sinais indicam a necessidade de investigação profissional.

Para tentar disfarçar as lesões, mais comumente encontradas nos braços, pernas, barriga e quadril, os jovens passam a alterar alguns comportamentos.

“Mudanças bruscas no vestuário, que não se justificam pelas preferências do adolescente, ou uso de roupas com mangas longas, como casacos e camisas, incompatíveis com o clima vigente, podem ser um primeiro sinal de alerta”, exemplificou ela.

Entre as causas para o início da prática, a especialista cita conflitos familiares, problemas de autoimagem, abuso sexual, bullying, transtornos de humor, principalmente com adolescentes entre 13 a 18 anos, que recorrem com mais frequência à autolesão como estratégia para lidar com emoções fortes, tensão e frustrações.

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