O impacto ambiental do fast fashion voltou a ser destaque com a divulgação de dados preocupantes pela Shein sobre suas emissões de gases de efeito estufa. Embora o modelo de negócios da Shein tenha tornado a moda mais acessível globalmente, ele também contribui significativamente para a degradação ambiental em prol dos lucros. A varejista chinesa agora é reconhecida como a maior poluidora da indústria da moda, superando empresas como Inditex (Zara), Nike, H&M e LVMH.

A Shein se destacou como uma das empresas mais bem-sucedidas do mercado, não apenas por sua rentabilidade, mas também por sua capacidade de produção e distribuição em larga escala. No entanto, os recentes dados da própria empresa revelam que esse crescimento tem um alto custo ambiental.

O portal Business of Fashion (BoF) publicou uma análise dos números de emissão de dióxido de carbono da Shein. Segundo o relatório, a empresa ultrapassou seus próprios limites, alcançando níveis alarmantes de poluição. Atualmente, a Shein é a maior poluidora da moda, de acordo com o BoF.

Em 2023, a pegada de carbono da Shein quase triplicou em relação aos dois anos anteriores. Em 2021, a empresa era responsável por 6 toneladas de emissões de CO2, uma quantidade que já estava abaixo da faixa das concorrentes na época.

Vale destacar que, em 2021, a pandemia impulsionou um aumento nas compras online, contribuindo para o crescimento das plataformas de e-commerce. Apesar do impacto do transporte e envio de produtos, os dados mostram que a produção é o processo mais prejudicial ao meio ambiente.

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