O pastor Silas Malafaia se pronunciou após uma reportagem da Folha de S.Paulo revelar que o ministro Alexandre de Moraes teria utilizado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar “bolsonaristas” no Supremo Tribunal Federal (STF). Em um vídeo divulgado nesta quarta-feira (14), Malafaia afirmou que “a casa caiu” e classificou a situação como “gravíssima”.

Malafaia expressou sua indignação dizendo: “Povo abençoado do Brasil, a questão é gravíssima e seríssima. A casa do ditador de toga, Alexandre de Moraes, caiu”. Ele continuou: “Há mais de dois anos venho denunciando esse ditador. Ele rasga a Constituição repetidamente, preside inquéritos imorais e ilegais, e usa esses inquéritos para perseguir seus opositores. Prende pessoas comuns, prende deputados. Ele age assim porque todo ditador acredita estar acima da lei.”

Contexto: A Folha de S.Paulo relatou que, durante o período em que Alexandre de Moraes presidiu o TSE, seu gabinete no STF teria utilizado, de maneira não oficial, a estrutura do TSE para produzir relatórios sobre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Esses relatórios, elaborados pelo setor de combate à desinformação da Corte Eleitoral, teriam sido utilizados para embasar decisões de Moraes no inquérito das fake news, conduzido pelo STF.

As mensagens obtidas pela Folha cobrem o período de agosto de 2022 a maio de 2023. Entre os envolvidos mencionados estão o juiz instrutor Airton Vieira, assessor de Moraes no STF, e Eduardo Tagliaferro, perito criminal responsável pela Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do TSE.

A reportagem destaca que, embora os relatórios tenham sido produzidos, não há indícios de que tenham sido solicitados de forma não oficial por Moraes ou seu gabinete no STF. Em alguns casos, os documentos teriam sido pedidos por juízes auxiliares do TSE ou recebidos como denúncias anônimas.

Um dos diálogos revelados mencionou o jornalista Rodrigo Constantino. Um assessor de Moraes teria solicitado um relatório sobre mensagens de Constantino a respeito do TSE, com a decisão final sendo dada pelo STF. A Folha tentou obter respostas de Moraes e seus assessores citados, mas não recebeu nenhuma resposta.

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