Em 2023, o número de trabalhadores sindicalizados no Brasil caiu 7,8% em relação ao ano anterior, conforme o relatório “Características adicionais do mercado de trabalho 2023” divulgado nesta sexta-feira (21.jun.2024) pelo IBGE. Atualmente, há 8,4 milhões de sindicalizados, o menor número desde o início da série histórica em 2012.

O relatório indica que os sindicalizados representam 8,4% da população ocupada (100,7 milhões) em 2023, em comparação com 16,1% em 2012. O estudo completo está disponível aqui (PDF – 1 MB).

Os trabalhadores do setor público têm a maior taxa de sindicalização (18%), seguidos por trabalhadores familiares auxiliares (10,4%) e trabalhadores com carteira assinada no setor privado (10,1%).

A pesquisa revela que a informalidade está diretamente ligada à baixa sindicalização. As menores taxas são observadas entre empregados sem carteira assinada (3,7%) e trabalhadores domésticos (2%).

No nível de instrução, a maior queda ocorreu entre aqueles com ensino superior, cuja sindicalização caiu de 14,5% para 13,5% de 2022 para 2023, embora esse grupo ainda tenha a maior taxa de associação. Aqueles com ensino médio incompleto têm uma taxa de 5,4%.

Entre os setores, “administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais” registrou uma taxa de sindicalização de 14,4% em 2023, comparado a 24,5% em 2012. Na indústria, a taxa caiu de 21,3% para 10,3%. O setor de transporte, armazenagem e correio reduziu de 20,7% para 7,8%, impactado pela informalidade nos aplicativos de transporte.

O estudo também analisou empregadores e autônomos com CNPJ. Em 2023, esses grupos somavam 29,9 milhões de brasileiros, dos quais 9,9 milhões (33%) tinham CNPJ, uma redução em relação aos 10,3 milhões (34,2%) de 2022. Apesar da queda, é o segundo maior resultado da série histórica.

A queda foi impulsionada pelos autônomos, cuja taxa de registro caiu de 26,3% para 24,9%, enquanto a taxa de registro entre empregadores se manteve em 80,9%.

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