O ex-presidente Michel Temer foi preso na manhã desta quinta-feira, 21/03, em mais uma etapa da operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

Segundo informações da Globo News, o mandado de prisão foi expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Os mandados também tinham o ex-ministro das Minas e Energia Moreira Franco, como alvo.

Michel Temer é alvo de pelo menos dez investigações. São três denúncias e outros sete inquéritos que estavam no Supremo Tribunal Federal (STF) e foram enviados à primeira instância após o fim do mandato presidencial. As informações são do O Tempo.

Duas denúncias contra o presidente foram trancadas pela Câmara e, por isso, só puderam ter prosseguimento com sua saída da presidente. As duas foram protocoladas pelo então procurador geral da República, Rodrigo Janot. Em uma delas, Michel Temer é acusado de corrupção passiva, sob a suspeita de ter usado o assessor Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR) para receber R$ 500 mil em propinas. A denúncia tem origem na delação de executivos da JBS e em flagrantes da entrega da mala com dinheiro.

Já a segunda denúncia, também rejeitada pela Câmara, acusa o presidente de obstrução de Justiça e organização criminosa. De acordo com a peça, Temer liderava um grupo que cobrava propinas e teria tentado calar o doleiro Lúcio Funaro, que discutia um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).

Uma terceira denúncia foi apresentada por Raquel Dodge, substituta de Janot na PGR na reta final do governo Temer. Por isso, não houve nem tempo nem necessidade de que a Câmara a suspendesse. Nela, Temer é acusado de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Para a PGR, Temer emitiu decreto ampliando de 25 para 35 anos as concessões portuárias em troca de propina de R$ 5,9 milhões.

Além das denúncias, Temer ainda é alvo de sete inquéritos. O mais importante aponta um suposto recebimento de R$ 14 milhões da Odebrecht ao seu grupo político. Nesse inquérito, R$ 4 milhões teriam sido solicitados por Moreira Franco e outros R$ 10 milhões acertados por Temer e Marcelo Odebrecht no Palácio do Jaburu. Também é alvo da ação o ex-ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que teria recebido R$ 2 milhões da empreiteira.

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