Meses antes de ser reeleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump foi condenado em 34 acusações criminais e enfrenta outros três processos nos estados da Geórgia, Washington e Flórida. Ele será o primeiro presidente da história dos EUA condenado enquanto ocupa o cargo. No entanto, dois dos processos em que é réu e uma condenação podem ser arquivados.

O conselheiro especial do Departamento de Justiça, Jack Smith, anunciou em 13 de novembro que pretende encerrar dois dos casos contra Trump e renunciar ao cargo antes que o republicano tome posse. A política do Departamento proíbe o processamento de presidentes em exercício. Trump, ainda durante a campanha, prometeu demitir Smith “em dois segundos” após assumir a presidência.

Em 2022, Jack Smith acusou Trump de conspirar para reverter o resultado das eleições de 2020 e de ocultar documentos confidenciais, mas nenhum desses casos foi a julgamento antes da vitória eleitoral em 5 de novembro.

Trump também enfrenta uma audiência em Nova York, marcada para 26 de novembro, para tentar anular a condenação que o considerou culpado por falsificação de registros comerciais. Em maio, ele foi considerado culpado de crimes relacionados a pagamentos feitos para silenciar Stormy Daniels, uma atriz de filmes adultos com quem teria tido um caso. Trump nega as acusações e alega que o caso inclui evidências que, segundo a Suprema Corte, não deveriam ser admitidas devido à imunidade presidencial.

Diante da eleição de Trump, o juiz responsável adiou a decisão sobre a possível anulação da condenação. A defesa do republicano solicitou o arquivamento do caso, mas a promotoria pediu mais tempo para avaliar os próximos passos após a vitória eleitoral. O tribunal concedeu uma extensão de prazo de uma semana para a procuradoria apresentar seu parecer.

Em carta ao juiz, o promotor Matthew Colangelo destacou as circunstâncias sem precedentes do caso e a necessidade de equilibrar os interesses conflitantes. “Os argumentos levantados pela defesa exigem análise cuidadosa para assegurar que quaisquer medidas futuras respeitem tanto o veredito do júri quanto o papel do Gabinete do Presidente”, afirmou.

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