Faleceu neste sábado (10/8) aos 54 anos a ativista indígena Tuíre Kayapó, conhecida por sua incansável luta em defesa dos direitos dos povos originários. A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), vinculada ao Ministério da Saúde, confirmou que a causa da morte foi um câncer no colo do útero.

Tuíre ganhou notoriedade por sua resistência contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Em uma imagem icônica, ela desafiou o então presidente da Eletronorte, José Antônio Muniz Lopes, colocando um facão em seu rosto durante o I Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, em Altamira, Pará, em 1989. A foto se tornou um símbolo de sua luta e da resistência indígena.

O falecimento de Tuíre repercutiu entre autoridades e figuras públicas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou solidariedade aos familiares e amigos: “Hoje perdemos a liderança Tuíre Kayapó, uma referência na defesa dos povos originários do nosso país. Minha solidariedade aos familiares e amigos.”

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) também lamentou a perda em uma nota de pesar: “Tuíre Kayapó dedicou sua vida à proteção de seu povo e território, sempre guiada pela busca por direitos e respeito aos povos indígenas. Seu legado de resistência continuará a inspirar aqueles que lutam por um Brasil mais justo.”

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, homenageou Tuíre nas redes sociais: “Que os ancestrais te recebam, Tuíre. Seguiremos aqui honrando sua luta.”

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