Mundo – Com o recrudescimento dos ataques, a Ucrânia mandou um alerta às tropas russas. O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, garantiu que o país tem como continuar os combates. A declaração mostra uma postura militar mais agressiva do ponto de vista do governo contra a invasão no momento em que a Rússia também endurece as ameaças contra Kiev.

Mais cedo, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, afirmou que as forças militares do país vão continuar na Ucrânia até que os objetivos sejam alcançados. Segundo ele, isso significa, antes de qualquer coisa, proteger a Rússia de “ameaças externas vindas do Ocidente”.

Além disso, duas agências de notícias russas, Tass e RIA, afirmaram que o país vai atacar de forma mais incisiva Kiev, especificamente locais de segurança. Elas comunicaram que os militares russos pediram para os civis ucranianos deixarem locais próximos dos serviços de segurança e das unidades de operações especiais.

Assim, nesta terça-feira (1º/3), em pronunciamento transmitido ao vivo de Kiev, Kuleba agradeceu o apoio bélico que a Ucrânia tem recebido. “Temos como continuar essa guerra. Nada vai nos parar”, alertou.

As tropas ucranianas já receberam, segundo o ministro, lança-granadas, sistemas contra tanques, antimísseis, artilharia antiaérea, fuzis, metralhadoras, munição e vestimentas militares. “Isso tudo vai fortalecer nossa defesa nas próximas horas”, frisou o ministro.

Kuleba defendeu mais sanções contra a Rússia e pediu mais. “O Putin ainda não conseguiu, ele ainda está tentando alcançar o seu objetivo militar. Eles vão continuar a bombardear as nossas cidades. Todos esses crimes estão sendo registrados. Eles vão responder por esses crimes”, salientou.

O ministro pediu resistência das tropas ucranianas. “Agora o que é mais importante é a defesa. Por mais que isso seja difícil não podemos perder a nossa fé na vitória. O estado moral do inimigo está piorando”, salientou.

Kuleba concluiu. “Nosso caráter não vai quebrar nunca. Temos certeza que vamos vencer. Abrimos um segundo front diplomático. O mundo se uniu e está pressionando a Rússia”, argumentou, se referindo às sanções econômicas contra os russos. “Putin vai quebrar. Haverá o isolamento total da Rússia”, acrescentou.

A Ucrânia vive o sexta dia de ataques. Kiev, capital e coração do poder, e Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana, estão sob fortes bombardeios. Civis foram alvejados pelas tropas russas.

Fonte: Metrópoles

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