MANAUS – O Amazonas terá 350 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para atender casos graves do novo coronavírus (Covid-19). Divididas em fases, conforme a necessidade e avanço da doença, a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) planeja a ampliação e centralização dos atendimentos graves da Covid-19 no Hospital e Pronto-Socorro Zona Norte (Delphina Aziz).

Conforme análise da Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% das pessoas acometidas pela Covid-19 apresentam sintomas leves, apenas 20% agravam e, desses, 5% irão apresentar complicações, precisando de internação em UTI.

De acordo com o secretário da Susam, Rodrigo Tobias, o Amazonas está na primeira fase do Plano de Contingência Estadual de combate ao novo coronavírus, sem casos de transmissão local. Nessa fase, os leitos de UTI definidos no plano estadual são os 50 já em funcionamento no Delphina Aziz.

Desde o dia 29 de fevereiro até esta sexta-feira (20/03), o Amazonas registrou 72 casos suspeitos da Covid-19, dos quais 52 foram descartados, 13 estão em investigação e sete foram confirmados. Desses, seis foram importados e um está em investigação para saber a origem do contágio do paciente.

“O Plano de contingência é móvel, o que significa que nós temos que nos preparar para todos os cenários. E é exatamente isso que estamos fazendo nos antecipando e redesenhando a rede de atendimento para atender com suporte de vida avançado os casos mais graves de Covid-19. Trabalhando assistência médica e na vigilância epidemiológica para atender a duas frentes: a da prevenção e ao enfrentamento da doença”, afirmou o secretário.

Planejamento – Para a segunda fase de transmissão do vírus, quando for confirmado que está havendo transmissão local, a secretaria planejou a ampliação para 150 leitos de UTI no Delphina Aziz. Num possível cenário mais crítico, com transmissão comunitária, o Estado planeja disponibilizar outros 200 leitos de UTI completando 350, todos no Delphina Aziz.  

O secretário não descarta uma ampliação ainda maior nos leitos de UTI. “Nós trabalhamos com todos os cenários possíveis de uma pandemia do porte do novo coronavírus. Mas a gente ressalta que a fase 3 dependerá da oferta de equipamentos como monitores e respiradores disponíveis para aquisição no mercado, pois sabemos que há uma falta desses materiais no mundo todo, por isso a importância de se manter em casa, principalmente os nossos idosos e as pessoas com doenças crônicas”, disse o Tobias.

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