Vinte países da América Latina e o Caribe já detectaram a presença da variante delta dentre os infectados por covid-19: Argentina, Peru, Chile, Equador, além do Brasil, são alguns dos que já tem presença da variante delta em seus territórios. E isso num momento em que apenas 18% das pessoas na América Latina e no Caribe foram totalmente vacinadas, de acordo com a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde).
O Brasil já registra ao menos 247 casos da variante delta, de acordo com dados reunidos pelo Ministério da Saúde nesta semana. Mas o número de casos no país deve ser maior, visto que São Paulo e Rio de Janeiro já reconhecem a transmissão comunitária dessa variante.
Além disso, o Instituto Adolfo Lutz detectou mais de 23% de casos da variante delta dentre os positivados na região da grande São Paulo, e de acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde, o município do Rio de Janeiro já registra 45% de predominância da delta entre os infectados.
A delta é uma das variantes de maior preocupação, de acordo com informações da OPAS e da Organização Mundial da Saúde, visto que ela tem uma transmissibilidade bem maior. A professora Ester Sabino do Instituto de Medicina Tropical da USP, e que tem feito o mapeamento genético do Coronavírus, explica.
Vários estudos estão sendo feitos no mundo sobre a variante, e um deles, realizado nos Estados Unidos, mostra que a carga viral que a pessoa transporta quando é infectada pela delta é 1000 vezes superior à da cepa original. Um estudo realizado em junho com participação da Fiocruz também mostrou alta probabilidade de reinfecção das pessoas pela variante delta.
As recomendações da Fiocruz e de especialistas para evitar o contágio pelo coronavírus se mantém. Buscar a vacinação completa, com duas doses, medidas de isolamento social e o uso de máscaras continuam sendo a melhor forma de evitar a propagação das variantes do vírus.
Créditos: Agência Brasil
