Os índios venezuelanos da etnia warao, cada vez mais presentes no norte do Brasil, estão enfrentando graves problemas de saúde e de alimentação, como desnutrição, diarreia e outras complicações devido ao alto consumo de refrigerante.

Os indígenas vivem basicamente de pedir esmolas e vieram ao país para fugir da fome. Começaram a chegar em massa no ano passado, entrando pela fronteira com Roraima. Um dos motivos da migração é crise econômica e política da Venezuela, o que dificultou o acesso a alimentos.

Inicialmente, centenas se abrigaram em cidades de Roraima, como Boa Vista e Paracaima. Mas também no Amazonas.

Algumas famílias desembarcaram há poucas semanas em cidades do Pará, como Belém e Santarém, e se abrigaram em prontos próximos a áreas de tráfico de drogas e de prostituição.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), as crianças enfrentam grave estado de desnutrição devido à alimentação escassa ou, por vezes, à má qualidade da comida. O órgão afirma que houve casos de morte por problemas de saúde em Manaus e Belém.

Por outro lado, funcionários da prefeitura que acompanham os grupos têm enfrentado outra complicação: os indígenas consomem altas quantidades de refrigerante. Os servidores suspeitam que o excesso do produto está causando diarreia nas crianças.

De fato, as crianças beberam altas quantidades de refrigerante em poucas horas. Bebês carregavam mamadeiras cheias da bebida. Quando conseguiam algum dinheiro, os índios compravam a bebida em barracas do Ver-o-Peso, tradicional mercado popular no centro de Belém.

Fonte: BBC Brasil

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