AMAZONAS – A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) foi palco de um bate-boca acalorado entre os deputados Wilker Barreto (Cidadania) e Joana D’arc (União Brasil), e o tema foi nada mais nada menos que uma capivara.

Diversos professores foram hoje à Aleam para cobrar reajuste salarial, na ocasião Wilker subiu à tribuna e puxou o tema para a multa aplicada pelo Ibama ao influencer Agenor Tupinambá, conhecido nas redes sociais por manter amizade com uma capivara.

“Nas redes sociais só se fala em capivara”, disse o parlamentar ao falar comparar a repercussão do caso em comparação à luta dos profissionais da educação.

Querendo trazer os holofotes para si, D’arc pediu aparte da fala do colega de parlamento e, visivelmente alterada, começou a discutir: “Eu defendo a educação, e peço respeito à causa [animal] que eu represento. Eu concordo, vamos receber os professores, eu vou me manifestar sobre isso”. Wilker interveio e afirmou que não estava falando sobre os professores, e sim sobre crianças, quando, aos berros, Joana continuou a discutir: “Eu também defendo crianças! Eu sou mãe de uma criança com deficiência. Respeite a minha causa!”

Veja:

“Eu vou lhe denunciar por violência política”, bradou Joana D’arc. Wilker tentou retomar a linha de raciocínio mas continuou sendo interrompido, já irritado, o deputado escancarou a hipocrisia da colega: “Aqui é o parlamento ou a feira? Deputada Joana, me respeite. Vossa excelência não defende causa alguma. Como é que vossa excelência defende a causa da pessoa com deficiência se votou pela extinção da secretaria?”, questionou fazendo menção à extinta Secretaria da Pessoa com Deficiência (Seped).

Assista:

Fama de oportunista

A fala de Wilker Barreto coaduna comentários ouvidos nos corredores e gabinetes da Aleam de que a deputada Joana D’arc sempre tenta surfar na onda do momento, se aproveitando das mais diversas pautas para ganhar destaque.

“Uma hora ela defende a causa animal, depois dos PCDs, causa da mulher, causa da criança, causa dos católicos, dos evangélicos… O que tiver em pauta ela arruma um jeito de se dizer defensora, no final, ela só defende os interesses dela”, disse um funcionário da casa legislativa.

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