Em visita à Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) nesta quinta-feira (10/01), o governador Wilson Lima constatou a situação crítica de fornecimento de itens básicos para a rede estadual de saúde.  Além de 75% dos estoques zerados, o governador verificou a existência de remédios vencidos, que somam um prejuízo estimado em R$ 2 milhões. Na ocasião, Wilson Lima anunciou medidas para aquisição emergencial de medicamentos.

O governador visitou o depósito da Cema, na zona sul de Manaus, acompanhado do vice-governador e secretário de Saúde, Carlos Almeida Filho. Para suprir necessidades críticas, Wilson Lima anunciou a compra emergencial de 300 mil unidades de soro, para evitar que o estado fique sem o insumo nos próximos cinco dias. A aquisição pode chegar ao montante de R$ 3 milhões porque o soro virá do centro-oeste do país.

“Não tem nenhum fornecedor no Amazonas que possa nos fornecer esse produto. Um produto que custa em média R$ 2,67 a unidade, nós vamos precisar trazer de Goiânia (GO) e vamos ter que pagar R$ 12 a unidade, porque ele vai vir de avião. Normalmente vem via terrestre ou fluvial, mas eu não posso colocar a vida das pessoas em risco”, enfatizou o governador.

Falta o básico – Durante a visita, Wilson Lima constatou que o estoque da Cema tem apenas 25% dos medicamentos necessários para atender a rede estadual de saúde, com o agravante de falta de itens básicos para os quais também será necessário fazer aquisições emergenciais.  

“Só há 25% dos medicamentos que deveriam ter. Nós só temos insulina para os próximos 15 dias e temos uma dívida de cerca de R$ 850 mil com o fornecedor. Estamos negociando para que não falte insulina também. No fim do ano, centros cirúrgicos pararam porque não havia anestésico e tivemos que fazer uma compra emergencial. Eu não tinha ideia do tamanho da covardia que se praticou, ao longo de tantos anos, contra o povo do estado do Amazonas”, lamentou.

Remédios vencidos – De acordo com o levantamento da Susam, há estoque significativo de medicamentos que estão fora do prazo de validade, que resultam em um prejuízo da ordem de R$ 2 milhões, valor que pode aumentar nos próximos dois meses. “Em sessenta dias, teremos mais de 1,5 milhão de reais em produtos que estarão vencendo. Vamos encaminhar esse levantamento para os órgãos de controle, para que quem tomou ou deixou de tomar essas decisões seja responsabilizado”, enfatizou Wilson Lima.

Incineração – De acordo com o vice-governador e secretário de saúde Carlos Almeida, os produtos vencidos representam risco de contaminação. “Essa situação requer providências imediatas para a remoção desses medicamentos e para a adequada incineração. Está sendo feito um levantamento para comunicar a situação aos órgãos, inclusive de vigilância sanitária. Não podemos sujeitar ninguém aos riscos de uma possível contaminação, por conta da armazenagem inadequada de medicamentos ou insumos vencidos”, destacou.

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