Manaus – Em duas semanas atendendo às ações de Emergência de Saúde Pública em território Yanomami, 1.090 ações de saúde, para diagnóstico de doenças, foram realizadas aos indígenas em comunidades pertencentes aos municípios de Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro, na região do Alto Rio Negro, no Amazonas.

A iniciativa faz parte do Centro de Operações de Emergência em Saúde – Yanomami (COE-Yanomami), do Ministério da Saúde, do qual faz parte a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM).

A estratégia conta, também, com apoio do Distrito Sanitário de Saúde Indígena Yanomami (DSEI Yanomami), em parceria com as demais esferas do governo estadual, federal e municipais. As ações foram realizadas de 6 a 17 de março e destacam, pela FVS-RCP, o combate e controle da malária e da tuberculose.

Foram 1.090 ações, sendo 773 testagens (coleta e análise) para malária (sendo 36 positivos), análise de 33 coletas também para malária (que resultou em 10 casos positivos), 46 coletas para diagnóstico laboratorial de arboviroses (doenças causadas por vírus transmitidos principalmente por mosquitos), 28 testes para tuberculose (sendo os 28 negativos), realização de 12 exames parasitológicos e distribuição de 198 Mosquiteiros Impregnados com Inseticida de Longa Duração (MILD).

O diagnóstico laboratorial é realizado por equipe do Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM), integrante da FVS-RCP que também integrou as ações nas localidades.

Para a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, a operação de saúde na região apresentou resultado positivo. “A iniciativa ocorre, como esforço do Governo do Amazonas, para melhorar a saúde das comunidades indígenas, atendendo as necessidades de prevenção das doenças, por meio do diagnóstico laboratorial”, destaca.

Enfrentamento a doenças

As ações de saúde foram realizadas no território das comunidades indígenas Yanomami. Em Barcelos (distante 399 quilômetros de Manaus), os atendimentos foram realizados nas comunidades Bandeira Branca e Paranã. Já em Santa Isabel do Rio Negro (distante 630 quilômetros de Manaus), as ações ocorreram nas comunidades Missão Marauiá, Ixima, Serrinha, Pohoroa, Bicho Açu, Apuí, Taracuá, Xamakorona e Pukima Beira.

Além dos diagnósticos, as equipes da FVS-RCP realizaram ações de Vigilância Ambiental para o enfrentamento da malária nas comunidades, como borrifações intradomiciliares, termonebulização (uma forma de dedetização) e manejo ambiental para eliminação de possíveis criadouros existentes no local.

“Também foi realizada a captura de vetores e a distribuição de mosquiteiros com inseticidas de longa duração nas cabanas dos indígenas Yanomami”, acrescentou o assessor técnico da FVS-RCP, Heine Texeira, que atuou na comunidade Bandeira Branca, no território de Barcelos.

Nas comunidades yanomami pertencentes ao município de Santa Isabel do Rio Negro, os técnicos também atuaram na Vigilância Laboratorial com técnicos do Lacen-AM, da FVS-RCP, a partir da supervisão do laboratório de endemias para malária local.

“Buscamos garantir a qualidade dos procedimentos padrões do laboratório, abastecendo com antimalárico e orientamos os profissionais para realização de trabalho de qualidade”, disse Ricardo Mauro, técnico de controle de qualidade de doenças endêmicas do Lacen-AM que atuou nas comunidades pertencentes a Santa Isabel do Rio Negro.

Artigo anteriorMais 115 servidores da Prefeitura de Manaus são beneficiados com novas progressões funcionais
Próximo artigoGoverno do Amazonas busca fortalecer exportação de produtos da ZFM em reunião com Banco Mundial