BRASIL – Ao tomar posse nesta quarta-feira (4) como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) prometeu lealdade ao presidente Lula (PT).

Ele rasgou elogios ao mandatário, classificando-o como o único capaz de liderar um “moderno e corajoso” projeto de desenvolvimento industrial e integração internacional.

“Enquanto outros países lograram exercer papel central nas cadeias regionais, o Brasil não tem conseguido desempenhar o papel de coordenação em seu entorno. Assim incluir significará também integrar o Brasil. Não por capricho ou para simplesmente acompanhar as boas novas do pensamento econômico, mas porque juntos, integrados produtivamente a nossos vizinhos, somos mais fortes e cumprimos as diretrizes para as nossas relações internacionais que estão esculpidas no artigo 4º parágrafo único da nossa Constituição. A integração, contudo não virá por geração espontânea. Ela exigirá diálogo constante com nossos parceiros, com vistas a se criar uma verdadeira governança produtiva em nossa região”, afirmou.

“O presidente Lula, todos sabemos, é o único capaz de liderar esse moderno e corajoso projeto. Presidente Lula, como o senhor tem falado repetidas vezes, o governo que agora se inicia não foi eleito apenas pela saudade de um tempo em que o Brasil crescia com inclusão, atingindo o pleno emprego e servindo de exemplo para o mundo, sobretudo para as nações irmãs, que almejam alcançar patamares mais elevados de desenvolvimento. O governo cujo mandato teve início foi eleito também pela esperança do povo brasileiro de que juntos podemos fazer ainda mais e melhor. E para esse esforço, sei da importância que o senhor atribui ao Mdic e do papel estratégico que ele deve desempenhar. Por isso, saiba, que o senhor terá de mim não apenas a lealdade de um ministro que se soma à de um vice, mas minha dedicação integral em prol de uma agenda que contribua para reverter os resultados inaceitáveis que nossa economia vem acumulando nos últimos anos”, continuou o vice-presidente.

Alckmin citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek ao resgatar seu plano de metas e sua agenda de industrialização sintetizada no lema ’50 anos em 5′. Outro lembrado pelo vice e ministro da Indústria foi Ulysses Guimarães: “na galeria dos ministros de Estado que construíram o Ministério da Indústria, Comércio e Serviços encontramos o grande e exemplar Ulysses Guimarães. É de Ulysses a máxima de que as nações democráticas de economia de mercado são mais ricas e as mais fortes. São ricas por serem democráticas, e não democráticas por serem ricas”.

Por isso mesmo, quando colocada em risco a democracia, a crise política acaba por fomentar terríveis crises econômicas. A inabilidade política tem custo e é socialmente injusta, porque penaliza o mais pobre e inviabiliza a atuação econômica produtiva. Na normalidade democrática é que o país pode crescer e se mostrar justo para seu povo. A nossa união, presidente Lula, não é episódica, de ocasião ou por uma eleição. A nossa união é por um país, por um povo e por seu direito de viver em um regime democrático e em um país verdadeiramente produtivo. Tenha em mim, presidente Lula, aquele a quem o senhor poderá confiar sempre a primeira e mais árdua missão, porque é inabalável o meu compromisso com o senhor, o seu governo e o nosso país. Que venham dias de crescimento e justiça social”, finalizou Alckmin, sob efusivos aplausos da plateia.

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