O anúncio da antecipação da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, feito nesta quinta-feira (27/02) pelo Ministério da Saúde (MS), vem em bom momento para o Amazonas, de acordo com o secretário de Estado de Saúde (Susam) Rodrigo Tobias. Desde o início de janeiro, o secretário estava solicitando a antecipação da vacina, em razão do aumento de síndromes gripais no “inverno amazônico”.
Segundo o secretário, a expectativa é que os primeiros lotes da vacina cheguem ao Amazonas na segunda quinzena de março. O Ministério da Saúde quer que a campanha inicie com um mês de antecedência da previsão inicial, que era para o mês de abril. A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) aguarda informa técnico do ministério para definir o calendário.
Em janeiro deste ano, Rodrigo Tobias conversou com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e apresentou os dados epidemiológicos que evidenciam o maior número de casos de síndromes gripais durante o chamado “inverno amazônico”.
“A gente recebe essa notícia com muita satisfação e essa antecipação atende a nossa solicitação. Nós levamos a demanda para o Ministério da Saúde, eles entenderam, de acordo com o nosso boletim epidemiológico, utilizando desde a 44ª semana de 2019 (novembro), até o final de janeiro. Eles observam o quadro e o comportamento do número de casos confirmados de síndrome respiratória aguda e, de fato, eles observam uma necessidade”, disse o secretário da Susam.
A maioria das infecções por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registradas do Amazonas é de origem viral, dentre eles, Influenza A e B, Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Adenovírus, Parainfluenza, Coronavírus e Metapneumovírus.
Dos 216 casos notificados de SRAG, de novembro de 2019 a janeiro deste ano, 43 casos foram confirmados para vírus respiratórios. Destes, 41,9% (18) casos confirmados para influenza, com destaque para a ocorrência de 3 casos confirmados por Influenza A (H1N1) e 15 casos de Influenza B. Dos 25 casos confirmados por outros vírus respiratórios (58,1%), predominou-se a ocorrência de Adenovírus (17 casos) e Vírus Sincicial Respiratório (5 casos), este último mais recorrente em gestantes e crianças menores de 1 ano.
De acordo com o MS, as doses da vacina previnem contra os três tipos de vírus de influenza que mais circularam no ano anterior.

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