MUNDO – O jogador Karim Benzema foi acusado de ligação com o grupo Irmandade Mulçumana, grupo islâmico mais antigo do mundo e proibido na Rússia e outros países por terrorismo.

A senadora francesa Valérie Boyer, do partido Los Republicanos, pediu que o governo francês revogue a nacionalidade francesa do jogador e que a Bola de Ouro, ganhada por Benzema em 2022, seja retirada.

“Se as declarações do ministro do Interior forem verdadeiras, devemos considerar sanções contra Karim Benzema. Uma sanção inicialmente simbólica seria retirar-lhe a Bola de Ouro. Por último, teremos de pedir a perda da nacionalidade. Não podemos aceitar que um francês com dupla nacionalidade, conhecido internacionalmente, possa desonrar e até trair o seu país dessa forma”, disse Boyer nas redes sociais.

Sendo um dos jogadores mais importantes do mundo na atualidade, Karim Benzema é mulçumano, descendente de família argelina. Após o início da guerra entre Israel e o Hamas, Benzema manifestou solidariedada às vítimas na Faixa de Gaza: “todas as nossas orações aos habitantes de Gaza vítimas, mais uma vez, de bombardeios injustos que não poupam nem mulheres nem crianças”, afirmou o atleta.

Defesa de Benzema

Após as acusações, a equipe de defesa de Benzema negou qualquer relação entre o jogador e o grupo e afirmou que pretende processar quem fizer essas afirmações contra o atleta.

“Estamos considerando iniciar um processo contra esse ministro em aplicação, por exemplo, da lei sobre manipulação de informação, tão apreciada pelo nosso governo… e por difamação ou mesmo insulto público, porque essa ligação inexistente com a Irmandade Muçulmana, que segundo ele, é notória, se apresenta claramente como desdenhoso. Não é aceitável que aqueles que governam acreditem que estão autorizados a fazer algo por puro oportunismo”, afirmou o advogado Hugues Vigier, em entrevista ao jornal francês Le Parisien.

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