Brasil – O goiano Alberto Sampaio Gressler, de 24 anos, preso com 2,8 gramas de maconha em um aeroporto da Indonésia, vai ser reconhecido como usuário medicinal e será libertado. No Brasil, o estudante de medicina tem autorização para usar a cannabis para tratar problemas com ansiedade, depressão e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Alberto nasceu em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, e morou a maior parte da vida em Goiânia. Há quatro anos se mudou para Pernambuco, onde faz faculdade de medicina.

O cunhado e advogado do jovem no Brasil, Antônio Neto, explicou que Alberto já fez tratamentos tradicionais contra os transtornos. Porém, em 2016, começou a fazer uso da maconha medicinal e sentiu considerável melhora.

Ele tem recomendação médica para o uso e é associado à Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança, que produz e fornece os produtos usados pelo jovem para o tratamento.

“O Alberto passou por um atendimento psiquiátrico na Indonésia nesta madrugada e foi apontado que ele realmente tem os transtornos e precisa fazer o uso medicinal da maconha. Acreditamos que, com isso, ele possa ser solto e isso se tornar um marco”, disse Neto.

O Itamaraty informou que acompanha a situação e presta toda assistência ao brasileiro, mas que não pode passar informações detalhadas sobre o caso.

Viagem

No dia 13 de junho, Alberto viajou de férias para a Turquia. De lá, foi para a Tailândia, onde comprou, legalmente, as 2,8 gramas de maconha. Em seguida, foi para Bali, Indonésia, país onde a cannabis é proibida.

“Ele não é traficante, a quantidade que ele tinha é menos que um cigarro. Apresentamos toda documentação que mostra que ele faz uso medicinal para as autoridades da Indonésia”, disse o cunhado e advogado.

Irmã do estudante, a médica Carolina Inka Sampaio Gressler disse que a situação tem sido muito dura para toda família. “Tem sido muito doloroso, um processo muito difícil de saber que ele está preso em outro país, podendo ser acusado de algo que ele não é. Ele é apenas um paciente de cannabis medicinal”, disse.

Com informações do G1*

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