Brasil – Uma comerciante denunciou, neste último sábado (07), que sofreu racismo após ter sido acusada de furto em um mercado Extra, no Largo dos Machado, na Zona Sul do Rio. Eva Moema Nascimento Oliveira, de 41 anos, revelou que entrou na unidade para ver um produto, mas decidiu não leva-lo. Na saída, ela foi abordada por três funcionários, que afirmaram que ela havia furtado uma caixa de leite e pediram para revistar sua bolsa.

Segundo Eva, ela havia entrado no mercado para ver se havia camarão sendo vendido, assim que percebeu que tinha o produto, resolver comprar quando passasse novamente pela unidade para que o alimento não descongelasse na volta para casa. “Quando eu estava do lado de fora, veio uma segurança e dois homens correndo atrás de mim na rua. Me perguntaram: ‘senhora, não esqueceu de pagar nada não?’. Eu falei que não e pediram para abrir minha bolsa porque viram eu furtar um leite. Eu falei que eles não iam abrir minha bolsa e liguei para o meu advogado”, contou.

Ela ainda revelou que nenhum supervisor ou gerente foi acionado para falar com ela no local e que os funcionários envolvidos no episódio teriam tentado convence-la a não registrar o caso, oferecendo os produtos que ela quisesse levar para casa. “A segurança, a mando deles, me ofereceu o produto que eu quisesse levar para eu esquecer o caso. Eu disse que não ia esquecer o caso porque tinha grana para pagar. Não tive nenhuma assistência do supermercado, sumiu todo mundo”, explicou.

No local, uma viatura da Polícia Militar teria sido acionada e encaminhou somente a comerciante para relatar o caso na 9ª DP (Catete), que foi registrado como fato atípico. “Eu sofri resistência do inspetor da delegacia em registrar o meu caso, eu só consegui fazer o boletim de ocorrência quando o meu advogado chegou. Meu advogado perguntou: ‘cadê as outras partes envolvidas?’. Ninguém tinha encaminhado ninguém. Isso ia se ia se declarar um flagrante de racismo e falsa acusação de roubo. Meu advogado conseguiu registrar o B.O, mas o inspetor colocou como fato ático”, completou.

Eva, que tem uma loja que vende quentinhas e também trabalha há mais de 13 anos vendendo acarajé no Renascença Clube, revelou que desde o episódio tem se sentindo constrangida ao ir trabalhar, já que o caso ganhou visibilidade nas redes sociais.

Policiais militares do 2ºBPM (Botafogo) foram acionados para conduzir `a 9ªDP (Catete) as partes envolvidas em uma intercorrência num estabelecimento comercial no Largo do Machado. A ocorrência ficou a cargo da referida delegacia.

De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado na 9ª DP (Catete), onde investigações estão em andamento para esclarecer os fatos. A nota não explicou ou mencionou a suposta resistência do inspetor em registrar o caso.

Fonte: O DIA

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