O consumo de oxigênio no Amazonas já está próximo ao que era registrado antes do pico da segunda onda, segundo informou nesta quinta-feira (11) o secretário estadual da Saúde, Marcellus Campêlo. Ainda de acordo com o secretário, algumas usinas para fabricação do insumo que foram instaladas em hospitais estão desligadas.

“Hoje, nós temos um estoque de oxigênio para dez dias de consumo. Tanto que o parque de fabricação do oxigênio está desligado neste momento, inclusive algumas usinas instaladas nos hospitais estão desligadas, porque o consumo caiu bastante, graças a Deus. Caiu de um pico de 83 mil metros cúbicos por dia para esses 24 mil metros cúbicos por dia, que é quase o consumo registrado antes da subida, que era de 20 mil metros cúbicos por dia”, afirmou.

Antes da pandemia, a média de consumo diário era de 14 mil metros cúbicos, volume normalmente atendido pela produção das três fornecedoras da região (White Martins, Carbox e Nitron). Essas empresas, juntas, produziam 28,2 mil metros cúbicos diários. Na segunda onda de casos de covid-19, o consumo de oxigênio passou para 76,5 mil metros cúbicos no dia, provocando um déficit diário de 48,3 mil metros cúbicos.

Neste momento, segundo o secretário, há um estoque de oxigênio para dez dias no consumo atual. “Nós estamos monitorando, nós já instalamos mais de 30 usinas no interior do Amazonas e na capital, então temos aí um backup na produção de oxigênio importante, que nós não tínhamos em janeiro. Nós estamos com os municípios em estabilidade na capital e no interior do Amazonas”, disse.

Em nota, a White Martins afirmou que, com a queda do consumo de oxigênio no estado, a empresa é capaz de atender toda a demanda com a produção local e a capacidade de estocagem de suas plantas localizadas em Manaus.

O G1 questionou a Secretaria da Saúde sobre o destino dos equipamentos desligados, se poderão ser enviados a outros estados que necessitam do insumo, e aguarda posicionamento.

Colapso no Oxigênio

A capital já vivenciava um aumento progressivo no número de casos da doença desde dezembro, o que lotou os hospitais de referência em janeiro. Com o grande volume de internações, já não havia mais o insumo para os doentes que dependiam dele para seguir o tratamento. Órgãos de controle denunciam que pessoas morreram por asfixia em hospitais de Manaus e interior do estado.

Durante o pico da segunda onda no Amazonas, em janeiro, a média diária de consumo de oxigênio nas unidades hospitalares de Manaus foi de 86 mil metros cúbicos, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Em fevereiro, um mês após a crise, Manaus ainda dependia de doações do insumo. Na época, o governo informou que a média de consumo ainda era de 86 mil metros cúbicos, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Créditos: Portal G1 AM

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