
Uma ‘vulva ferida‘ de 33 de metros de altura, 16 de largura e seis metros de profundidade foi construída em um museu a céu aberto no agreste pernambucano.
A artista plástica responsável, Juliana Notari, batizou a peça de ‘Diva‘ e diz, em entrevista ao Metrópoles, que a arte tem como objetivo “dialogar com questões que remetem a problematização de gênero, a partir de uma perspectiva feminina aliada a uma cosmovisão que questiona a relação entre natureza e cultura na nossa sociedade ocidental falocêntrica e antropocêntrica”.
Criadora de vagina gigante em parque classifica críticas como ‘mentalidade equivocada’
A polêmica
O trabalho chamou atenção nas redes sociais e acabou recebendo um retorno negativo. A artista, que não esperava tantos ‘haters‘, acredita que tal resposta esteja relacionada com o tema de gênero, mas há quem argumente que o problema não é o órgão feminino exposto, mas sim o fato de que Juliana não teve um pensamento inclusivo e interseccional em sua criação.
Falar sobre vulva e vagina é sim importante, para tirar o tabu de conversar sobre e entender nossos corpos, mas precisamos fazer da forma certa. E cavar um buraco vermelho gigante no chão está longe de ser didático ou inclusivo. Não está fazendo nada pelas mulheres.
— DAPENHA (@dapenhaaqui) January 2, 2021