BRASIL – Roberto Jefferson Filho, filho do ex-deputado bolsonarista e ex-presidente do PTB Roberto Jefferson, disse que Jair Bolsonaro (PL) foi injusto” ao chamar seu pai de “bandido” e “criminoso” após disparar tiros de fuzil e jogar granadas contra uma equipe da Polícia Federal (PF) que cumpria um mandado de prisão expedido contra ele pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, no domingo (23).

“Eu acho que é injusto (a fala de Bolsonaro), com certeza. Até porque, Bolsonaro estava lá? Ele sabe o que aconteceu? Eu não sei quem atirou. Pelo que entendi, a polícia atirou primeiro. Parece, pelo vídeo, que a polícia atirou primeiro. Se você está tomando tiro, vai fazer o quê?”, disse Jefferson Filho ao jornal O Globo.

Ainda segundo ele, “se quisesse acertar alguém, teria acertado, porque meu pai é muito bom de mira”. “As pessoas estavam embaixo (da casa), então ficaria 100% protegido e os policiais à mercê dele. Se ele quisesse ter matado alguém, teria. Então não vejo meu pai cometendo nenhum crime contra a polícia. Meu pai é atirador de competição, ele não erraria um tiro com o fuzil na mão”, completou.

Filho disse, ainda, que o pai “não é desequilibrado” e que ele teria reagido em “legítima defesa”. “Sempre vi meu pai muito tranquilo, calmo, orando para Deus. Não vejo meu pai desequilibrado, nada disso. Uma pessoa de Deus. Acho que foi legítima defesa, pelo que falaram”, destacou.

As declarações foram feitas na esteira da repercussão do episódio que resultou em dois agentes feridos. Pouco após o ataque do ex-presidente do PTB contra os policiais federais, Bolsonaro tentou se afastar do aliado. “O tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido. Presto minha solidariedade aos policiais feridos no episódio”, disse Bolsonaro no domingo.

Jefferson Filho, que disputou sem sucesso uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Pará, também destacou que não não irá votar no segundo turno, mas defendeu o voto no atual ocupante do Palácio do Planalto.

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