Um homem que estava sendo acusado de estupro foi inocentado, nesta terça-feira, 24, após dizer ao júri que não sabia o que estava fazendo, pois estava dormindo.

Darrell Swanson, 39, alegou no tribunal que sofria de “sexônia”, um distúrbio no qual a pessoa tem relações sexuais enquanto dorme, uma espécie de “sonambulismo sexual”.

O réu, de Dunfermline, na Escócia, negou três acusações de estupro. Dois deles envolvia uma mulher que agora tem 36 anos e um terceiro uma outra mulher que agora tem 30 anos.

Durante o julgamento do acusado no Tribunal Superior de Livingston, Dr. Ian Morrison, neurologista consultor do NHS Tayside e especialista em medicina do sono, provou que era “inteiramente possível” que a defesa de Swanson fosse verdadeira.

“Em geral, os pacientes não se lembram. Alguns vêem isso como uma piada e riem disso. Alguns acham muito constrangedor e alguns são simpáticos à posição”, disse o médico.

Questionado sobre os episódios admitidos de Swanson de “comportamento noturno de tatear” – agarrar os seios e as coxas de mulheres com quem dormia – o Dr. Morrison disse que esse poderia ser outro sintoma da doença.

Segundo o médico, “comportamento sexual” durante o sono não era exclusivamente relação sexual, mas poderia incluir outros atos. “Ele tem uma história de sonambulismo, também de pular da cama porque pensa que coisas como aranhas estão em sua cama. Sabemos por sua esposa que ele também fala dormindo”, acrescentou.

Dr. Morrison diz que fatores como privação do sono, estresse, ansiedade ou consumo de álcool podem desencadear um episódio de sexônia, mas admitiu que não há teste diagnóstico para distúrbios do sono.

Swanson alegou em evidência que teve preocupações financeiras depois de perder seu emprego como motorista de ônibus e admitiu beber álcool antes de alguns dos supostos incidentes.

A mulher que fez a acusação contra Swanson alegou que ele a estuprou, ao acordar meia dúzia de vezes com o homem fazendo sexo com ela. Ele estava com os olhos abertos quando a mulher virou para detê-lo do ato, disse a mulher. Porém, quando ela o questionou sobre o incidente na manhã seguinte, ele não se lembrava do acontecido.

“Eu cheguei à conclusão de que isso era algo que ele fazia durante o sono e não tinha controle sobre isso. Não havia muito que eu pudesse fazer para impedir. Cada vez que acontecia, eu dizia ‘Aconteceu de novo na noite passada’. Mais uma vez, ele apenas diria que não lembrava”, lembrou a vítima.

Ela disse que procurou no Google sobre o distúrbio, mas começou a desconfiar de Swanson quando ele respondeu durante uma das noites, como se estivesse acordado. “É assim que você quer terminar isso”, teria dito Swanson, segundo a mulher, que procurou a polícia após o episódio.

Outra mulher também apresentou uma queixa alegando que foi estuprada durante o sono após uma sessão de bebida com o acusado, quando ela tinha cerca de 15 anos.

O júri levou menos de uma hora e meia para decidir veredictos ‘não provados’ sobre as três acusações. A juíza Lady Poole disse a Swanson que os veredictos da maioria do júri significavam que ele foi absolvido e estava livre para deixar o banco dos réus.

Swanson começou a tremer no banco dos réus enquanto os veredictos eram lidos e parecia conter as lágrimas. Sua esposa correu para abraçá-lo quando ele deixou o tribunal e soluçou em seus braços antes de saírem juntos do local.

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