Após anos de imbróglio judicial, a reintegração de posse do terreno onde fica o badalado point Vista Rio Café foi concedida em favor do empresário Rafael Barbosa de Andrade. O terreno que foi usado para a construção do espaço, um dos mais frequentados pelo manauara nos últimos meses, teria sido supostamente invadido pelo empresário Mário Gonçalves por meio de fraude em cartório. O local foi fechado na manhã da última quarta-feira (27) na avenida Coronel Teixeira, zona oeste de Manaus.

O processo de reintegração de posse do terreno tramitava no Tribunal de Justiça do Amazonas desde 2016.

Porém, o que chama a atenção para o caso, não é a reintegração em si, mas os nomes que estão intrinsecamente envolvidos na disputa. Mário, por exemplo, havia alugado em agosto de 2020, o terreno para as empresárias Soraya Almeida de Souza e Thalita Dias Moraes da Costa, que em sociedade construíram o café e o restaurante Sushi Bar.

Thalita Dias Moraes da Costa, uma das proprietárias do Café, é casada com o ex-prefeito de Coari, Rodrigo Alves da Costa, conhecido por corrupção. Ele teve suas contas reprovadas em 2009, pelo TCE-AM. Além disso, foi condenado a devolver R$ 107,7 milhões aos cofres da prefeitura de Coari.

Da mesma forma, a sócia de Thalita, Soraya Almeida de Souza é casada com Anderson Souza, prefeito de Rio Preto da Eva.

Outro nome envolvido no investimento do point é o de Antônio Nelson de Oliveira Junior, ex-secretário de Meio Ambiente da PM  e filho da deputada Terezinha Ruiz.

Na manhã desta quarta-feira, foram todos surpreendidos pela justiça do Amazonas que determinou que o estabelecimento fosse fechado urgentemente e o local reintegrado a  Rafael Barbosa Andrade, o verdadeiro dono do terreno.

Gonçalves porém, alega ter adquirido o terreno do empresário Thales de Menezes Loureiro, que segundo Mário, a documentação legal se encontra no 2º Oficio de Registro de imóveis.

Esta semana, a justiça concluiu que a suposta documentação em questão é fraudulenta, ou seja, Mário, teria invadido o terreno e tentado, de maneiras escusas, legalizar o ato.

Diante da decisão, os empresários foram despejados e Rafael teria adquirido a reintegração imediata.

As  empresárias que locaram o terreno, informaram que irão pedir na justiça a indenização pelos danos adquiridos, assim como, os prejuízos sofridos, que segundo elas é de R$ 350mil.

Veja o despacho:

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