O ex-secretário de Administração e Gestão do Estado, Evandro Melo, suspeito de integrar uma organização criminosa que desviou mais de R$ 20 milhões da área da Saúde – teve a prisão preventiva convertida em domiciliar neste domingo (24), pela Justiça Federal.

O juiz plantonista Wendelson Pereira Pessoa emitiu a decisão ordenando o monitoramento por meio de tornozeleira eletrônica. Evandro foi preso na operação “Custo Político”, deflagrada durante a segunda fase da Operação “Maus Caminhos”, da Polícia Federal.

O magistrado, foi o mesmo que indeferiu o pedido de prisão preventiva da Polícia Federal de quatro investigados na operação “Maus Caminhos”, incluindo o médico Mouhamad Moustafá e o ex-chefe da Casa Civil, Raul Zaidan, Keytiane Evangelista e José Duarte Filho.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) confirmou que o documento foi entregue no Centro de Detenção Provisória de Manaus 2 (CDPM 2), na BR-174, no início da tarde e que Evandro será conduzido no começo da noite para sua residência.

A decisão determina à Seap o monitoramento 24 horas de Evandro Melo por meio de tornozeleira eletrônica, com limite restrito a 50 metros de raio estipulado, no caso, a residência do investigado.

O advogado Chales Garcia argumenta que a presença de Evandro Melo em casa é imprencindível para cuidar da esposa, que é portadora de Esclerose Lateral Amiotrófico (ELA). Ele informou ao G1 que pediu a revogação da prisão ou conversão em domiciliar no caso de negativa, que foi o que acabou sendo concedido. “Fizemos o pedido há dois dias e recebemos essa decisão com muita humildade. O objetivo era conseguir a revogação, mas em caso de negativa, obter a conversão em prisão domiciliar”, disse.

O juiz federal que concedeu a domiciliar é o mesmo que negou a prisão preventiva para o médico Mouhamad Moustafa – apontado como líder da organização criminosa investigada na “Maus Caminhos” – e do ex-chefe da Casa Civil, Raul Zaidan. A decisão também envolve Keytiane Evangelista e José Duarte Filho, investigados por envolvimento no esquema. Informações do G1.

Desvios na Saúde

Evandro Melo e outros três ex-secretários de governo são suspeitos de integrar uma organização criminosa que desviou mais de R$ 20 milhões da área da Saúde. A Operação teve o objetivo investigar crimes de corrupção ativa, passiva, lavagem de capitais e de organização criminosa. A Justiça determinou o bloqueio dos bens e valores dos investigados, incluindo Evandro Melo, no montante de aproximadamente R$ 67 milhões visando o futuro ressarcimento do Estado.

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