BRASIL – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva promoveu uma ampla mudança de cadeiras em comandos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal (PF), dispensando 26 chefes regionais da PRF e trocando os comandos da PF em 18 Estados.

As mudanças foram publicadas em edição extra do Diário Oficial da União da quarta-feira e assinadas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Foram dispensados os superintendentes da Polícia Rodoviária Federal em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Bahia, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Alagoas, Pará, Paraíba, Amapá, Acre, Mato Grosso, Roraima, Amazonas, Goiás, Tocantins, Sergipe, Rio Grande do Norte, Rondônia, Maranhão, Espírito Santo, Pernambuco, Ceará e Distrito Federal.

O ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques é investigado após ter feito abertamente campanha pela reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro e pelas ações da corporação no dia do segundo turno da eleição, quando a Polícia Rodoviária Federal foi acusada de atrapalhar o comparecimento às urnas em Estados do Nordeste, onde Lula aparecia melhor nas pesquisas, por meio da realização de blitz nas estradas.

No final do mandato de Bolsonaro, Vasques se aposentou com salário integral aos 47 anos de idade.

No governo Bolsonaro, a PRF também recebeu poderes para atuar em casos fora de sua jurisdição original, que são crimes realizados em estradas federais. Antes mesmo da posse de Lula, o ministro da Justiça, Flávio Dino, prometeu revogar esses poderes.

Lula também decidiu trocar os superintendentes da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Goiás, Sergipe, Pernambuco, Maranhão, Mato Grosso, Tocantins, Paraíba, Alagoas, São Paulo, Paraná, Amazonas, Minas Gerais e Pará.

Bolsonaro enfrenta um inquérito pela acusação de tentativa de interferência na Polícia Federal, feita pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro quando pediu demissão do cargo em abril de 2020. O ex-presidente nega a acusação.

Após investigação, a PF disse que não viu crime da parte do então presidente e a Procuradoria-Geral da República pediu o arquivamento do inquérito, que ainda está aberto no Supremo Tribunal Federal (STF).

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