O senador e candidato a governador do Amazonas, Omar Aziz (PSD), disse que vai realizar concurso público para a contratação de quatro mil policiais nos próximos quatro anos. A afirmação foi feita, nesta sexta-feira (24), durante debate da TV Em Tempo. O tema abordado durante debate, que reuniu cinco candidatos, foi segurança pública. Esse é o segundo debate de que o candidato participa.

“Vamos fazer concurso e reforçar o policiamento ostensivo na capital e no interior do Estado. O investimento também será feito em novas tecnologias que contribuirão com as ações de inteligência das forças de segurança do Amazonas”, afirmou o senador.

Omar Aziz disse que o programa que será implantado quando ele for governador, o Ronda Total, não será apenas uma ação da Secretaria de Segurança Pública (SSP), mas um projeto que envolverá as secretarias de Educação, Esporte, Cultura e Assistência Social. A ação integrada será a base do trabalho preventivo no combate aos altos índices de violência que assolam o Estado. “É um programa que vai fazer a transversalidade dentro do governo. Vamos ocupar os espaços com áreas de lazer para que esses jovens possam ter um caminho diferente”, afirmou Aziz.

Em parceria com a inciativa privada, Aziz irá implantar o programa Primeiro Passo que dará oportunidade de emprego e renda aos jovens que estão saindo das universidades, cursos técnicos e ensino médio. Durante o período de um ano, o Estado pagará 50% do salário desses profissionais e a outra metade será paga pela instituição parceira. “Vamos  dar oportunidades aos milhares de jovens que estão sem nenhuma perspectiva de trabalho”, acrescentou.

Sistema prisional

Questionado sobre qual investimento irá fazer nas unidades prisionais, Omar lembrou que a superlotação nos presídios também é ocasionada pela falta de julgamento dos processos, e que a construção de presídios é uma necessidade, mas não a solução. “Vamos agir em conjunto com a Defensoria Pública, Ministério Público e a Justiça para agilizarmos o julgamento dessas pessoas. Existe um número enorme de processos que não foram julgados ou analisados. Não é aumentando o número de presídios que nós vamos resolver o problema da segurança pública”, completou.

Ao finalizar sua participação no debate, o senador afirmou que o crime atua organizado enquanto o Estado está desorganizado, sobretudo pela falta de autoridade do atual governo. “Não há planejamento para a segurança pública. As ações estão sendo, claramente, feitas de improviso. Essa é uma perda para a sociedade e para os cofres do Estado, pois há gastos desnecessários e que não trazem resultados”.

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