Uma tentativa de resgate no Centro de Recuperação Penitenciário do Pará III (CRPP III), no Complexo de Santa Izabel, Região Metropolitana de Belém, já contabiliza 24 mortos nesta terça-feira (10). Durante a ação, agentes penitenciários foram feitos reféns e houve intensa troca de tiros. O número assustador foi confirmado por André Luiz de Almeida e Cunha, secretário-adjunto de Gestão Operacional da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).
Entre as vítimas, um agente prisional teve o óbito confirmado pela Segup. Na tentativa de resgate, foram utilizados explosivos contra um dos muros do solário do Pavilhão C. O combate entre policiais e detentos durou mais de duas horas no local.
Um vídeo, registrado no interior do presídio, mostra vários corpos caídos na área externa.
A Segup confirmou a morte de 24 pessoas, dentre presos, integrantes do grupo criminoso de resgate e um agente prisional, mas informações de fontes internas do presídio apontam que podem chegar a 28 o número de vítimas fatais.
Outros quatro agentes de segurança também ficaram feridos, sendo um em estado grave e recebendo atendimento em hospital na Região Metropolitana de Belém.
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Após a diminuição da intensidade dos tiros, a via foi liberada.
Através de nota, a Superintendente do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) informou que a ação contou com apoio externo e que ainda não confirma fuga de presos. Uma revista e recontagem de detentos era realizada na unidade prisional no início da noite desta terça. Uma equipe da Força Tática da PM foi deslocada para o presídio. As buscas por criminosos prosseguiu aos arredores do presídio.
Armas apreendidas
Sete armas, sendo dois fuzis, três pistolas e dois revólveres, além de um cartucho com munições, foram apreendidos com o bando que tentou invadir a casa penal. A Segup disse ainda que irá investigar a entrada de armas na unidade, além das circunstâncias das trocas de tiros durante a tentativa de resgate de presos.
O delegado Rodrigo Leão, diretor da Seccional de Santa Izabel do Pará, está com equipe policial acompanhando a situação, além de duas equipes da Divisão de Homicídios e uma da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).
Fonte: Diário Online