Milena Alves, viúva de João Alberto Silveira Freitas, espancado até a morte por seguranças em uma unidade dos supermercado Carrefour em Porto Alegre, fechou um acordo de indenização com a empresa na quinta-feira, seis meses após o crime que gerou comoção em todo o país.

O acordo com Milena é o nono fechado entre a empresa e familiares da vítima e foi firmado na Defensoria Pública do Rio Grande Sul. O valor aceito não foi informado. Em abril, a viúva recusou a primeira oferta do Carrefour, que já havia sido aceita pelos quatro filhos, a enteada, a neta, a irmã e o pai de João Alberto.

— Desde o primeiro momento, nossa principal prioridade foi dar o suporte necessário para os familiares, na parte psicológica e financeira. Conseguimos avançar rapidamente nos acordos com todos os familiares e hoje concluímos o último acordo com a senhora Milena — afirmou João Senise, vice-presidente de RH do Grupo Carrefour Brasil.

Em nota, o Carrefour informou ainda que “disponibilizou, desde novembro, toda assistência financeira e psicológica para a família de João Alberto Freitas, incluindo uma assistente social e os gastos do dia a dia (supermercados, aluguéis, transportes, educação, entre outros)”.

Além disso, a empresa ressaltou que após a tragédia, “assumiu 8 compromissos públicos para contribuir na capacitação de pessoas negras, na educação, na formação de lideranças, e em startups, com a possibilidade de utilizar a plataforma da empresa. Tudo isso é financiado por meio de um fundo de R$ 40 milhões, criado pela empresa em novembro de 2020”.

Foram presos logo após o crime os seguranças Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz Borges. Ainda respondem na Justiça Adriana Alves Dutra, funcionária do Carrefour que tentou impedir a gravação da agressão; Paulo Francisco da Silva, funcionário que impediu acesso da esposa à vítima que agonizava; Kleiton Silva Santos e Rafael Rezende, funcionários que auxiliaram na imobilização da vítima.

Créditos: Yahoo!

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