MANAUS – O diretor, cenógrafo, produtor e dramaturgo Wagner Melo, fez a abertura oficial da “Mostra Casa Museu Wagner Melo”, no Museu de Imagem e Som do Amazonas (Misam), localizado no Palacete Provincial, no Centro, na última quarta-feira (3).

O evento vai até sábado (6), em uma exposição com mais de 1.900 objetos que, segundo Wagner Melo, é um misto de acervo e processos criativos. O material em exposição traz ainda 857 CDs, 792 DVDs, 277 livros e impressos sobre arte, cultura e cinema.

“Eu sempre fui um colecionador e, durante a minha vida profissional, acumulei documentos, filmes sobre Teatro e toda a história do cinema, que serviram para pesquisa em muitos trabalhos. Agora, eu quero que esse acervo seja visto, que as pessoas tenham acesso. Isso tudo é um sonho meu, é o primeiro passo para o Museu de Memórias das Artes do Amazonas” Wagner Melo, artista

O secretário executivo de Cultura e Economia Criativa, Luiz Carlos Bonates, reforçou a importância do projeto para a sociedade.

“Nós vivemos um tempo de liquidez, que a memória se apaga rapidamente. Aqui é um ato de resistência e isso é muito importante, porque é o papel dele como artista, professor e descobridor de talentos”, afirmou Bonates.

O ator e diretor Arnaldo Barreto prestigiou a abertura da mostra e destacou que a iniciativa é fundamental para a nova geração do Teatro. Entre os elementos em exposição está o figurino completo da personagem Madama, que Wagner Melo usou no filme “Noiva do Itamaracá”, dirigido por Arnaldo, ainda sem data de estreia.

“O Wagner Melo é um grande artista, uma pessoa que tem um acervo incrível, fundamental para o teatro amazonense. Ele fez história, tem muitas dramaturgias importantes, é uma referência para todos nós”, comentou o ator. “Esse acervo tem muito conhecimento a agregar à sociedade”, concluiu Barreto.

PROGRAMAÇÃO

Nesta sexta-feira (5), às 9h30, “Dzi Croquettes”, filme de Tatiana Issa e Raphael Alvarez. Às 15h, vai acontecer a leitura dramatizada do texto “Dziprocesso”, de Jorge Bandeira com Wagner Melo e convidados.

No sábado (6), a programação encerra com o filme “A Selva”, filme de Leonel Silva, às 9h30.

O espaço cultural funciona das 9h às 17h, com acesso gratuito e agendamento pelo Portal da Cultura (cultura.am.gov.br). O uso de máscara e a apresentação da carteira de vacinação na entrada são obrigatórios.

Artigo anteriorPlanalto impõe sigilo de 100 anos a exames de anticorpos de Bolsonaro
Próximo artigoTiago Leifert deixa a Globo sem despedida oficial