BRASIL – Jair Bolsonaro (PL) afirmou à revista Veja que não existem motivos para que ele seja preso, apesar de todos os escândalos que o cercam. No entanto, ele disse que pessoas “importantes” já discutiram prendê-lo, numa espécie de “prisão light”. O objetivo, segundo ele, seria “apenas carimbá-lo com a pecha de ex-presidiário”. Bolsonaro não apresentou provas de nada que disse.

“Algumas pessoas importantes, não vou dizer os nomes, já diziam antes de acabar o governo que querem me prender. Uma prisão light, apenas para me carimbar com a pecha de ex-presidiário”, afirmou, citando o caso da golpista Jeanine Áñez, que tentou dar um golpe de estado na Bolívia e terminou presa sob a acusação de atos antidemocráticos.

Bolsonaro afirmou ser perseguido pela Justiça. “O pessoal está vindo para cima de mim com lupa. Eu esperava perseguição, mas não dessa maneira. (…) É um esculacho. Todo o meu entorno é monitorado desde 2021. Quebraram os sigilos do coronel Cid para quê? Para chegar a mim”.

Sobre o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, que foi preso por suposta participação em um esquema de falsificação de comprovantes de vacina, Bolsonaro disse considerá-lo ‘um filho’. “Quem indicou o Cid foi o comando do Exército da época, mas ele me serviu muito bem. Nunca tive nenhum motivo para desconfiar dele, e não quero acusá-lo de nada. Eu tenho um carinho muito especial por ele. É filho de um general da minha turma, considero um filho”. Cid também foi flagrado tramando um golpe de estado junto a outros aliados de Jair Bolsonaro.

O ex-chefe do Palácio do Planalto se disse tranquilo quanto à perícia no celular de seu ex-ajudante de ordens. “Quando se fala em comprometedor, as pessoas pensam logo em dinheiro, em alguma coisa ilícita. Zero, zero. Isso não vai ter. Agora, tem troca de ‘zaps’, em linguagem de ‘zap’, tem palavrão. Há certamente conversas que envolvem segredos de Estado. Vazar isso, como tem sido feito, é muito grave”.

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